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terça-feira, 9 de agosto de 2011

A LUTA A FAVOR DOS HÁBITOS SAUDÁVEIS

Ministro Padilha apresenta plano de doenças crônicas durante plenária do CONSEA


 O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou, nesta quarta-feira (3), o compromisso do governo federal com a Segurança Alimentar, tema que entra na agenda do Plano de Ações para Enfretamento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). A apresentação foi feita durante a 24ª Plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), realizada, pela manhã, em Brasília (DF).
“Temos uma grande oportunidade para inserir o debate sobre a segurança alimentar neste novo capítulo da saúde global, que será inaugurado a partir da Assembleia Geral da ONU, em setembro”, afirmou o ministro Padilha. A assembleia da ONU reunirá chefes de Estado para debater prioridades governamentais. Será a terceira vez que um tema de saúde entrará na pauta de discussão.
Na plenária, integrada por representantes do governo e da sociedade civil, Padilha apresentou diretrizes da proposta do Plano de Ações para DCNT, como o Programa Academia da Saúde e a continuidade dos acordos com a indústria de alimentos processados para reduzir o teor de sódio e gorduras trans nos alimentos. Desde junho, o ministro solicitou que o Consea acompanhe os acordos de promoção da alimentação saudável entre o Ministério e a indústria alimentar.
ENFOQUE - Padilha também chamou a atenção para a importância do envolvimento de todas as esferas do governo para reverter o crescente aumento do sobrepeso e da obesidade no país. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo IBGE, 48% da população feminina e 50% da masculina estão acima do peso, sendo que 16.9% delas e 12,5% deles são obesos. Entre as crianças, o índice também é preocupante. A POF mostra que 34,8% dos meninos entre 5 e 9 anos estão com excesso de peso e 16,6% deles são obesos. Já entre as meninas dessa mesma faixa etária, os índices são de 32% e 11,8%, respectivamente.
Diante desse cenário, o governo brasileiro prepara o Plano Intersetorial para Prevenção e Controle da Obesidade, previsto para ser apresentado em outubro. Trata-se de iniciativa que envolve diferentes setores, tanto do governo quanto da sociedade civil, na qual o Ministério da Saúde trabalha em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e outros ministérios que integram a Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN). Por outro lado, Padilha também compartilhou com os membros do Consea a preocupação com a persistência de carências nutricionais específicas, como por exemplo, o surto de beribéri (deficiência de tiamina), no sudoeste do Maranhão.
O monitoramento e avaliação do estado nutricional e de marcadores de consumo alimentar na população atendida pela Atenção Básica já vem sendo realizado pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) e será fortalecida com seu vínculo com a Rede Cegonha. Atualmente, mais de 17 mil Unidades Básicas de Saúde possuem o serviço de vigilância nutricional. Além disso, os Núcleos de Apoio à Saúde da Família também contam com profissionais de nutrição e educação física aptos a orientar os usuários do SUS.
A inclusão do tema Segurança Alimentar como critério na avaliação do programa Saúde nas Escolas, inclusive, faz parte do compromisso do Ministério da Saúde com o Consea. A ideia é que temas como vigilância alimentar e nutricional e promoção da alimentação saudável estejam entre os indicadores de qualidade na execução do programa, que serão levados em conta para elevar os repasses do Ministério às prefeituras.
Conforme definido na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), que reúne os gestores de saúde federais, estaduais e municipais, municípios que se comprometam a atingir determinado desempenho na execução do programa receberão uma parcela extra de recursos – 70% no ato da adesão e 30% ao comprovarem o cumprimento de 70% das metas acordadas. Criado em 2007, o programa tem por objetivo reduzir, em parceria com o Ministério da Educação, problemas de saúde que prejudicam o desempenho dos alunos da rede pública de ensino.
O ministro informou, ainda, que Ministério trabalha para pactuar na CIT, até o final do ano, o novo texto da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), construído em 2010 a partir de Seminário realizado com participação das diferentes esferas do governo, controle social, especialistas e demais parceiros.

Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=13099

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